O mundo já acelerou nas duas primeiras décadas do século XXI. E está a acelerar ainda mais com os novos alinhamentos geopolíticos e com a revolução tecnológica a que estamos a assistir. Não podemos ainda prever todas as enormes consequências que a inteligência artificial, a automação, a robotização, a digitalização, bem como os novos conflitos comerciais, políticos e militares trarão às nossas vidas, mas sabemos que a transformação será profunda.
Todavia, enquanto o mundo à nossa volta se transforma a uma grande velocidade, Portugal continua mergulhado num conformismo político exasperante: à longa estagnação socialista seguiu-se, apesar das promessas de mudança, a apatia social democrata.

Pior, perante tudo o que se passa à nossa volta, todos os partidos com representação parlamentar, à exceção da Iniciativa Liberal, decidiram pôr os seus interesses partidários à frente dos interesses dos portugueses, mergulhando o país numa nova crise política.
O mundo discute a inovação, o combate aos excessos regulatórios, a competitividade, as estratégias para promover o regresso da pujança económica, a disrupção de modelos de negócio e a preparação de novas formas de governo com as novas tecnologias, a guerra, o investimento em defesa e os novos cenários geopolíticos.
Em Portugal, discutiu-se, durante meses a fio, a descida de um ponto percentual na taxa de IRC. E, no Parlamento, os partidos que se entenderam para promover a desagregação de freguesias ou para bloquear a revisão do sistema eleitoral foram incapazes de se entender quanto ao número de dias de duração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito.
A despesa do Estado, entretanto, continua a crescer de forma imparável, ao mesmo tempo que a degradação dos serviços públicos essenciais perturba gravemente a vida dos portugueses. O Estado serve-se dos portugueses para alimentar máquinas insaciáveis de consumo de recursos, mas o Estado não serve os portugueses.
O Estado falha na Educação, na Justiça e tarda nos Transportes. Mas não tarda nem falha na cobrança de uma pesadíssima carga fiscal que não tem contrapartida nos serviços que presta.
O Estado descura a Segurança e a Defesa com um investimento cronicamente insuficiente e não cura nem previne na Saúde apesar do aumento exponencial do orçamento que lhe está destinado.
O Estado é mau empregador. Contrata sem critério e não aplica critérios de avaliação que permitam distinguir e compensar justamente os funcionários públicos que entregam resultados acima da mediania.
O Estado não se simplifica e a vida dos portugueses está cada vez mais complicada. O Estado vive da burocracia e a burocracia alimenta o modo de vida dos corruptos. O Estado não se reforma e os portugueses olham para o futuro com a certeza de que, se nada for feito, terão reformas cada vez mais baixas.
O Estado trava e, por causa dele, os portugueses não andam. O Estado trava-nos e temos tanto caminho para andar.
Neste cenário, só a Iniciativa Liberal demonstrou o sentido de responsabilidade que permite pôr os interesses dos portugueses à frente dos interesses egoístas e de curto prazo. Só a Iniciativa Liberal mostrou a maturidade indispensável à regeneração da cultura político-partidária. Só a Iniciativa Liberal tem a coragem para concretizar as decisões urgentes que permitirão focar definitivamente o Estado nas suas funções essenciais, assegurando-as com eficiência. Só a Iniciativa Liberal tem a energia para, contra o despesismo e o estatismo de todos os outros partidos políticos, libertar a sociedade portuguesa para que possa acelerar no caminho para o crescimento económico. E só a Iniciativa Liberal tem a visão que coloca no centro da ação política a defesa intransigente das liberdades individuais.
Este é o momento da Iniciativa Liberal se assumir como protagonista definindo três objetivos essenciais para Acelerar Portugal no novo ciclo político que se abre com as eleições legislativas de Maio de 2025: Modernizar o Estado, Recuperar a Confiança nas Instituições e Romper a Estagnação Económica. Esta é a hora da Iniciativa Liberal liderar pelo exemplo apresentando ao país uma solução política fundada na responsabilidade e na ambição. Este é o tempo de afirmarmos que o Liberalismo funciona e vai Acelerar Portugal.
Rui Rocha, 10 de Abril, 2025