Índice
1. TRANSPORTES MAIS EFICIENTES E SUSTENTÁVEIS, MELHOR MOBILIDADE E SEGURANÇA
2. UM CONCELHO MAIS VERDE, LIMPO E MAIS SUSTENTÁVEL
4. SANTA MARIA DA FEIRA UM CONCELHO LIBERAL ABERTO AO INVESTIMENTO E TALENTO
5. HABITAÇÃO EM SANTA MARIA DA FEIRA DESAFIOS E CAMINHO PARA O FUTURO
6. UM CONCELHO SAUDÁVEL E QUE VALORIZA O DESPORTO E O BEM-ESTAR
7. POR UMA GESTÃO MUNICIPAL TRANSPARENTE, EFICIENTE E AMIGA DOS CONTRIBUINTES
1. TRANSPORTES MAIS EFICIENTES E SUSTENTÁVEIS, MELHOR MOBILIDADE E SEGURANÇA
1.1 REDE VIÁRIA, SEGURANÇA E ORDENAMENTO DO TRÂNSITO
PROBLEMAS
- Constrangimento do trânsito nas principais entradas do concelho;
- Fraca qualidade da rede viária;
- Inexistência de ligações rápidas e seguras entre as principais áreas urbanas e equipamentos públicos;
- Excesso de velocidade em centros urbanos;
- Estacionamento desordenado;
- Passeios estreitos ou inexistentes;
- Barreiras para pessoas com mobilidade condicionada;
- Escassez de pontos de carregamento elétrico.
CONSEQUÊNCIAS
- Acidentes frequentes;
- Mobilidade lenta com elevados custos para famílias e empresas;
- Isolamento de comunidades;
- Desincentivo a modos suaves;
- Risco elevado para utilizadores vulneráveis;
- Elevada sinistralidade de peões e ciclistas;
- Má acessibilidade de pessoas com mobilidade reduzida;
- Barreiras à adoção de veículos elétricos.
PROPOSTAS
- Resolver (sem mais promessas) os constrangimentos nas entradas e saídas dos principais núcleos urbanos (nó da autoestrada em Santa Maria da Feira, entrada na zona da Cruz, Túnel dos Passionistas, Estrada Nacional no 1, Estrada Nacional 223, etc.
- Lutar pela construção de um nó de acesso à Autoestrada A1 entre os dois nós existentes.
- Concluir a rede viária estruturante do concelho (Ex. Eixo das Cortiças), e ligar em via rápida Santa Maria da Feira – Lourosa – Fiães – Canedo. Criar passagens seguras junto às escolas, onde a circulação automóvel não pode exceder os 30 km/h, bem como zonas “Kiss & Ride” para melhorar as condições para os encarregados de educação deixarem os alunos. Garantir a limpeza, conforto e digitalização da informação das paragens dos autocarros.
- Reforçar as condições de segurança de peões e veículos, através de um plano de intervenção rápida para melhoria da qualidade das estradas, planos de acalmia de tráfego, passeios, sinalética e iluminação rodoviária. Eliminação de barreiras arquitetónicas e promover a acessibilidade universal.
- Restringir o estacionamento à superfície em centros urbanos, incentivando o investimento privado em parques.
- Criar hubs de carregamento elétrico.
1.2 TRANSPORTES PÚBLICOS
PROBLEMAS
- Cobertura insuficiente de transportes públicos no concelho, em particular nas freguesias menos urbanas
- Horários e frequências pouco atrativos
- Informação deficitária
- Ligação insuficiente a polos urbanos e interfaces de transportes
- Linha do Vouga pouco competitiva (traçado sinuoso, tempos longos, ligações indiretas); horários e conforto desajustados
CONSEQUÊNCIAS
- Diminuição do uso de transportes públicos e maior congestionamentos de trânsito
- Maior uso de transporte próprio, com maior custo para as famílias
- Maior poluição e consumo energético, emissões elevadas
- Baixo potencial de integração regional, com impactos económicos e sociais
PROPOSTAS
- Reforçar da cobertura, frequência, informação e coordenação de horários da rede UNIR.
- Criar ligações diretas a polos urbanos e interfaces-chave, tal como a ligação ao Metro do Porto e estações da CP de Espinho e Esmoriz.
- Construir uma verdadeira rede de centros coordenadores de transportes.
- Pressionar as Infraestruturas de Portugal para a modernização da Linha do Vouga (traçado, material circulante, conforto) com ligação direta à Linha do Norte.
- Realizar campanha de sensibilização e criação de incentivos ao uso do transporte público.
1.3 MODOS SUAVES DE TRANSPORTE E SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
PROBLEMAS
- Rede pedonal fragmentada;
- Rede ciclável reduzida e desconexa ;
- Informação deficitária;
- Ruído e poluição elevados junto a eixos de tráfego intenso.
CONSEQUÊNCIAS
- Insegurança e desconforto para peões e ciclistas;
- Baixa utilização de modos suaves de transporte, com impactos na economia e na saúde;
- Impactos na saúde pública e atratividade urbana.
PROPOSTAS
- Expandir e ligar a rede ciclável;
- Melhorar e alargar os passeios;
- Instalar parqueamentos de bicicletas;
- Melhorar os acessos pedonais/cicláveis às interfaces de transportes; Instalar barreiras acústicas;
- Reforçar zonas verdes urbanas; Reduzir o tráfego em áreas sensíveis.
1.4 LOGÍSTICA URBANA
PROBLEMAS
- Carga/descarga desregulada;
- Tráfego pesado em zonas urbanas.
CONSEQUÊNCIAS
- Interferência na circulação;
- Insegurança;
- Degradação ambiental.
PROPOSTAS
- Regulamentar horários e zonas de carga/descarga;
- Criar micro-hubs logísticos;
- Incentivar o uso de veículos de baixas emissões.
2. UM CONCELHO MAIS VERDE, LIMPO E MAIS SUSTENTÁVEL
2.1 PAISAGEM, BIODIVERSIDADE E ECONOMIA CIRCULAR
PROBLEMAS
- Património natural e biodiversidade subaproveitados;
- Uso de pesticidas e fertilizantes artificiais;
- Poluição de linhas de água;
- Reduzida aposta em economia circular;
- Baixa eficiência energética.
CONSEQUÊNCIAS
- Perda de habitats e espécies;
- Degradação ambiental Riscos para a saúde pública;
- Desperdício de recursos Aumento de emissões;
- Aumento dos custos energéticos; Interferência na circulação; Insegurança;
- Degradação ambiental.
PROPOSTAS
- Preservar as paisagens naturais, biodiversidade e ecossistemas, incentivando a arborização e a reflorestação do concelho;
- Rever e garantir a afetiva aplicação do Plano Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas;
- Promover a reabilitação ecológica de espaços degradados, nomeadamente linhas de água e zonas húmidas, bem como a fruição dos espaços naturais;
- Incentivar soluções públicas e privadas de economia circular;
- Promover a biodiversidade nos espaços urbanos através:
- Do abandono do uso de pesticidas e dos fertilizantes artificiais;
- Do reforço da reciclagem dos resíduos provenientes da gestão dos
espaços verdes, mantendo o solo vivo;
- Limpar as linhas de água e combater a sua poluição através de novos dispositivos de monitorização e vigilância;
- Eliminar definitivamente o amianto dos edifícios públicos e incentivar soluções de transição energética;
- Incentivar a criação de hortas comunitárias, envolvendo as Juntas de Freguesia e a rede escolar;
- Incentivar as produções locais apostando nas cadeias curtas e sua valorização nos mercados públicos de aquisição de produtos alimentares para consumo em cantinas escolares, do município, hospital ou para fornecimento de refeições pelas entidades responsáveis pela sua gestão;
- Criar um programa de adequação do edificado municipal a soluções energéticas inteligentes e sustentáveis;
- Atribuir benefícios fiscais a investimentos empresariais com soluções ambientais positivas;
- Colocar o sistema de transportes da autarquia numa trajetória de zero emissões;
- Reaproveitar e promover a eficiência na utilização da água, reduzindo as perdas do sistema de distribuição;
- Instalar uma rede de sensores climáticos e ambientais;
- Promover iniciativas de cidadãos (como a criação de charcos, o reaproveitamento das águas pluviais, a plantação de sebes que favoreçam a presença de aves e polinizadores, a instalação de ‘hotéis’ para polinizadores, a colocação de caixas-ninho para aves e morcegos ou a criação de espirais de ervas aromáticas), complementadas pela realização de ações de sensibilização junto das comunidades locais sobre práticas ambientalmente responsáveis;
- Reforçar o Incentivo à instalação de compostores domésticos, compostores comunitários e equipamentos de biocompostagem
- em espaços de restauração coletiva das escolas e outros equipamentos sociais.
2.2 ÁGUA, RESÍDUOS E SANEAMENTO
PROBLEMAS
- Cobertura incompleta de abastecimento e saneamento;
- Tarifas elevadas e com taxas adicionais;
- Baixa recolha seletiva;
- Recolha e deposição insuficientes.
CONSEQUÊNCIAS
- Acesso desigual a serviços básicos;
- Aumento do custo de vida;
- Poluição e degradação ambiental;
- Menor taxa de reciclagem;
- Insatisfação dos munícipes.
PROPOSTAS
- Rever o sistema de faturação da água separando os valores do seu consumo do valor relativo aos resíduos sólidos urbanos e ajustando o preço ao consumo real de água e deposição do lixo indiferenciado (Sistema PAYT – Pay As You Throw);
- Promover a revisão do contrato de concessão, incentivando a oferta de água de qualidade e a custos adequados, negociando a redução do custo dos consumidores proporcionalmente à redução das perdas de água na rede;
- Completar a rede de abastecimento de água, promovendo um sistema de certificação da qualidade da água dos poços para as famílias ainda não servidas pela rede;
- Sensibilizar para o consumo de água da torneira em substituição da água engarrafada, divulgando boas práticas de prevenção do desperdício de água e de reutilização de águas pluviais;
- Promover a recolha diária de resíduos sólidos, porta-a-porta, implementando um sistema de recolha inteligente de resíduos de contentores (Smart Bins);
- Melhorar a acessibilidade dos cidadãos às redes de drenagem e de tratamento, dando especial atenção a investimentos em soluções de saneamento descentralizado (microETAR, fito-ETAR), para melhorar a qualidade das águas superficiais.
2.3 ÁGUA, RESÍDUOS E SANEAMENTO
PROBLEMAS
- Espaços públicos pouco qualificados e insuficientes;
- Escassez de áreas verdes de proximidade.
CONSEQUÊNCIAS
- Menor bem-estar;
- Menos lazer saudável;
- Perda de atratividade urbana.
PROPOSTAS
- Investir na requalificação dos espaços públicos do concelho, tornando-os verdes, confortáveis, bonitos, à escala humana, com boa iluminação, mobiliário e equipamentos acessíveis, alargando a oferta de espaços verdes que promovam o bem-estar das comunidades e a criação de hábitos saudáveis;
- Avaliar a viabilidade de gestão privada de parques e zonas de lazer.
2.4 BEM-ESTAR ANIMAL
PROBLEMAS
- Abandono e maus-tratos persistentes;
- Programas municipais insuficientes.
CONSEQUÊNCIAS
- Sofrimento animal;
- Problemas de saúde pública;
- Impacto negativo na imagem do concelho.
PROPOSTAS
- Ampliar os programas municipais de educação, proteção e defesa animal;
- Criar programas de prevenção do abandono, promoção da adoção e combate à crueldade animal.
2.5 GESTÃO DO TERRITÓRIO E FLORESTA
PROBLEMAS
- Planeamento urbano pouco dinâmico e burocrático;
- Má gestão florestal;
- Reduzida cooperação intermunicipal.
CONSEQUÊNCIAS
- Degradação urbana;
- Redução da competitividade da economia municipal;
- Aumento do risco de incêndios;
- Fragmentação territorial.
PROPOSTAS
- Dinamizar Áreas de Reabilitação Urbana;
- Concluir e simplificar a aplicação do Plano Diretor Municipal (PDM), tornando-o menos prescritivo e mais paramétrico;
- Envolver e facilitar a participação ativa de agentes privados, sociedade civil e academia no planeamento do território municipal;
- Desenvolver e aplicar um plano de gestão florestal, substituindo a lógica impositiva do Estado por mecanismos de incentivo economicamente sensatos e envolvendo os proprietários e agentes privados;
- Incentivar a gestão ativa das áreas florestais, permitindo conciliar as diferentes funções da floresta, incluindo a produção de bens e serviços essenciais, a proteção, conservação e recreio, bem como o enquadramento e valorização da paisagem, assegurando as necessidades da sociedade e o equilíbrio ambiental;
- Estabelecer parcerias com autarquias vizinhas para dar continuidade e harmonia aos mecanismos de planeamento territorial.
3. UM CONCELHO SEGURO E JUSTO UM CONCELHO QUE VALORIZA O CONHECIMENTO, A CULTURA, O TALENTO E A LIBERDADE DE APRENDER
3.1 EDUCAÇÃO, CONHECIMENTO E TALENTO
PROBLEMAS
- Modelos educativos desatualizados e pouco articulados com a economia local;
- Necessidade de qualificação para novas indústrias (ex.: Lufthansa);
- Baixa aposta na aprendizagem contínua e interdisciplinar.
CONSEQUÊNCIAS
- Falta de mão-de-obra qualificada;
- Perda de competitividade;
- Fraca ligação entre o ensino, o sistema científico e o tecido empresarial do concelho;
- Risco de exclusão social.
PROPOSTAS
- Promover a adoção de modelos de Educação Multidisciplinar, partilhando boas práticas de colaboração entre ensino (público e privado), sistema científico e empresarial (visitas, aulas por profissionais, estágios, etc.);
- Criar um amplo programa de ação social escolar, garantindo que todas as crianças do concelho têm acesso a uma oferta educativa de qualidade;
- Criar um modelo educacional que enfatize a cultura da autonomia do aluno, ajudando a desenvolver o potencial total de cada criança, segundo o Modelo “Líder em Mim”;
- Criar mecanismos de liberdade de escolha da escola, pública ou privada, através da criação do cheque-ensino às Famílias, para as despesas de educação dos filhos e equiparados;
- Incentivar a crescente autonomia das escolas e a adaptação curricular às especificidades do sistema empresarial do concelho;
- Promover a literacia financeira em todos os níveis de ensino; Incentivar o ensino superior no concelho, atraindo a instalação no concelho de novas unidades;
- Incentivar o reforço de ensino profissional;
- Alargar a oferta do ensino especial;
- Reforçar a educação de adultos e seniores, bem como a aprendizagem ao longo da vida e mecanismos de apoio à reorientação profissional;
- Promover a adoção de manuais escolares digitais;
- Facilitar e incentivar a criação de uma rede de Laboratórios da Curiosidade e Maker Spaces, espaços livres de acesso à experimentação e ao conhecimento (literário, científico, tecnológico), envolvendo escolas, IPSS, universidades, empresas e associações.
3.2 INFRAESTRUTURAS EDUCATIVAS
PROBLEMAS
- Escolas básicas envelhecidas;
- Acessos pouco seguros;
- Baixa integração com a comunidade.
CONSEQUÊNCIAS
- Ambiente escolar pouco atrativo;
- Risco para a segurança dos alunos;
- Sub-aproveitamento dos espaços.
PROPOSTAS
- Requalificação e modernização das escolas do ensino básico;
- Zonas seguras para que os encarregados de educação possam deixar
as crianças; - Zonas exclusivas para circulação de peões nas proximidades.
- Zonas seguras para que os encarregados de educação possam deixar
- Abrir o parque escolar à comunidade.
3.3 ASSOCIATIVISMO, VOLUNTARIADO E MECENATO
PROBLEMAS
- Baixa dinamização da sociedade civil;
- Fraca participação cívica e cultural.
CONSEQUÊNCIAS
- Menor coesão social;
- Dependência excessiva do Estado.
PROPOSTAS
- Apoiar o associativismo, delegando nas Juntas de Freguesia o modelo de atribuição de apoios, através de protocolos;
- Promover o voluntariado jovem e voluntariado sénior;
- Incentivar o mecenato cultural, social e ambiental.
3.4 CULTURA E PATRIMÓNIO
PROBLEMAS
- Estratégia cultural centrada em eventos sazonais;
- Pouca valorização o património;
- Oferta cultural desigual no território.
CONSEQUÊNCIAS
- Perda de identidade;
- Baixo acesso à cultura;
- Oportunidades limitadas para artistas.
PROPOSTAS
- Renovação da estratégia cultural, apresentando um programa que combine a recriação histórica e artística local, diluindo o modelo de “festivalização” em favor de atividades culturais permanentes que valorizem o nosso património histórico;
- Estimular o talento criativo dos nossos jovens, apoiando programas e mentoria cultural;
- Criar uma rede de equipamentos culturais de proximidade, cobrindo todo o concelho;
- Desenvolver e implementar uma rede de mediação cultural público-privada, contribuindo para a disseminação de conhecimento e reforços dos fatores de coesão e pertença;
- Incentivar parcerias público-privadas para o estímulo à leitura e à literacia no contexto das redes digitais e sociais;
- Renovar a oferta museológica, qualificando os recursos técnicos e promovendo a digitalização dos acervos documentais e patrimoniais;
- Promover a literacia sobre história e património locais;
- Criar um centro de interpretação no Castro de Romariz, adotando recriações interativas, tornando-o acessível ao público;
- Promover a fruição e exploração do património através de parcerias público-privadas.
3.5 ECONOMIA CRIATIVA
PROBLEMAS
- Potencial criativo subaproveitado;
- Baixa projeção internacional;
- Fraca ligação com a indústria cultural global.
CONSEQUÊNCIAS
- Perda de oportunidades económicas;
- Menor visibilidade internacional.
PROPOSTAS
- Captar o empreendedorismo criativo, no setor privado;
- Valorizar as produções artesanais locais, o receituário tradicional e as expressões culturais imateriais e simbólicas, promovendo e protegendo os direitos de autor e a propriedade intelectual;
- Promover parcerias com os fabricantes de doçaria tradicional local, designadamente Fogaça e Caladinhos, de modo a divulgar internacionalmente a doçaria local;
- Promover a circulação internacional da produção criativa local.
3.6 SEGURANÇA E PREVENÇÃO
PROBLEMAS
- Taxa de criminalidade acima da média;
- Vandalismo;
- Insuficiência de meios PSP/GNR
CONSEQUÊNCIAS
- Insegurança;
- Degradação dos espaços públicos;
- Menor atratividade para residentes e empresas.
PROPOSTAS
- Criar um sistema de alerta preventivo aberto à participação dos cidadãos;
- Articular as intervenções municipais com os municípios vizinhos e Área Metropolitana do Porto em todas as políticas de interesse comum.
3.7 PROTEÇÃO CIVIL E INCÊNDIOS
PROBLEMAS
- Risco elevado de incêndios;
- Falta de coordenação intermunicipal;
- Insuficiência de meios especializados.
CONSEQUÊNCIAS
- Danos ambientais e económicos;
- Risco para as vidas humanas.
PROPOSTAS
- Incentivar políticas intermunicipais de proteção civil, em especial na área do combate aos incêndios;
- Apostar na formação dos Bombeiros do concelho, na especialização de contra-fogo e em outras técnicas de combate aos incêndios;
- Integrar o programa de prevenção de fogos na política de gestão económica da floresta, envolvendo os respetivos proprietários e Organizações Não Governamentais (ONGs) dedicadas à gestão sustentável de espaços naturais;
- Implementar um programa de incentivos redução de combustíveis florestais;
- Criar contratos-programa de médio prazo com as corporações de Bombeiros Voluntários, favorecendo a colaboração intermunicipal;
- Incentivar o mecenato privado a Bombeiros;
- Desenvolver programas de voluntariado jovem em espaços florestais.
3.8 JUSTIÇA E ÉTICA PÚBLICA
PROBLEMAS
- Perceção elevada de corrupção;
- Falta de literacia jurídica;
- Desigualdade salarial;
- Comunidades migrantes pouco informadas.
CONSEQUÊNCIAS
- Desconfiança nas instituições;
- Exclusão social;
- Desigualdades persistentes.
PROPOSTAS
- Reforçar a resposta de segurança pública e garantir uma adequada cobertura concelhia;
- Criar um programa municipal de combate ao vandalismo, estimulando o policiamento de proximidade e o envolvimento ativo dos cidadãos;
- Desenvolver ações de sensibilização e educação para a salvaguarda e defesa dos espaços públicos comuns;
- Combater a corrupção através da implementação de medidas de prevenção, quer junto da população, quer junto de outras entidades, públicas e privadas;
- Promover ações de sensibilização e educação para a Justiça e Ética, nas escolas e junto da população em geral;
- Promover junto das empresas do concelho a Transparência Salarial e a Igualdade Salarial de Género, no respeito pelo “Princípio Salário Igual para Trabalho Igual”;
- Garantir o acesso à Justiça, informando a população, em especial as comunidades migrantes e as outras comunidades em risco de exclusão.
3.9 GESTÃO DE RISCO
PROBLEMAS
- Falta de um plano municipal para catástrofes;
- Ausência de um mapeamento industrial por risco.
CONSEQUÊNCIAS
- Resposta lenta a crises;
- Vulnerabilidade a desastres naturais e industriais.
PROPOSTAS
- Implementar um Protocolo Municipal a ser implementado em caso de catástrofes e mitigação de riscos naturais e ambientais;
- Mapear as atividades industriais, planeando o ordenamento do território de acordo com a classificação das diferentes categorias e níveis de risco das indústrias.
4. SANTA MARIA DA FEIRA UM CONCELHO LIBERAL ABERTO AO INVESTIMENTO E TALENTO
4.1 ATRAÇÃO DE INVESTIMENTO E EMPREENDEDORISMO
PROBLEMAS
- Rendimento médio por trabalhador abaixo da média regional e nacional;
- Baixa especialização económica;
- Excesso de burocracia no licenciamento.
CONSEQUÊNCIAS
- Menor capacidade de retenção de talentos;
- Fuga de jovens qualificados;
- Estagnação económica.
PROPOSTAS
Criar sistemas de incentivo e apoio a projetos inovadores que contribuam para a criação de emprego no concelho, nomeadamente através de estímulos fiscais definindo um sistema integrado de apoio aos investidores:
- Manual do Investidor, com toda a informação das formalidades e obrigações necessárias para as diferentes atividades económicas do município;
- Provedor do Investidor; o Gabinete Virtual do Investidor; com possibilidade de realização online de todos os processos de licenciamento e obrigações necessárias ao início de novas atividades económicas;
- Criação da “Plataforma Empresarial da Feira”, um espaço de diálogo permanente entre a autarquia e o sistema empresarial. Este projeto suportará o programa “Made in Feira”, uma plataforma de promoção das marcas distintivas do concelho;
- Um “Balcão Único Tech & Energy” garantiria acompanhamento personalizado aos investidores, apresentando e conferindo incentivos fiscais a startups, empresas tecnológicas e do sector energético em fase de instalação, com especial foco em áreas de alto valor acrescentado.
4.2 INFRAESTRUTURAS EMPRESARIAIS
PROBLEMAS
- Zonas industriais envelhecidas;
- Acessos e redes digitais insuficientes;
- Modelo de loteamento desatualizado.
CONSEQUÊNCIAS
- Menor competitividade empresarial;
- Dificuldade em atrair empresas de alto valor acrescentado.
PROPOSTAS
- Requalificação de zonas industriais em parceria com privados, com melhoria de acessos, mobilidade e infraestruturas digitais;
- Evoluir de um modelo de loteamento industrial para parques empresariais e tecnológicos;
- Incentivar modelos de gestão privada de parques empresariais ou em parceria, focados na eficiência e competitividade.
4.3 ECONOMIA DIGITAL E TALENTO
PROBLEMAS
- Cobertura digital incompleta;
- Falta de ligação entre o ensino, as universidades e o tecido empresarial;
- Dificuldade em atrair e reter talentos.
CONSEQUÊNCIAS
- Perda de oportunidades em setores digitais;
- Jovens qualificados a emigrar;
- Empresas sem mão de obra especializada.
PROPOSTAS
- Cobertura integral de 5G no concelho, em articulação com os operadores privados;
- Criar as condições e os incentivos para a atração e retenção de talentos (bolsas de estudos para jovens que se destacam pela sua trajetória académica exemplar);
- Ligação direta entre escolas, universidades (polo Universitário a edificar) e empresas tecnológicas do concelho.
4.4 COMÉRCIO LOCAL E DE PROXIMIDADE
PROBLEMAS
- Mercado Municipal com baixa atratividade e ocupação;
- Programas de incentivo pouco avaliados;
- Comércio local em declínio.
CONSEQUÊNCIAS
- Perda de identidade comercial;
- Fecho de negócios;
- Redução da vida urbana.
PROPOSTAS
- Desenvolver um programa de dinamização do Mercado Municipal, incentivando a instalação de novos negócios e atividades, em particular no setor da economia circular e gastronomia de proximidade;
- Requalificar o espaço físico, atualizando-o funcionalmente;
- Avaliar o impacto dos programas municipais de incentivo ao comércio local (Bizfeira, “Vai-me à Loja”; viagens de promoção económica do concelho, etc.).
4.5 TURISMO ESTRATÉGICO
PROBLEMAS
- Falta de um plano turístico estruturado;
- Baixa permanência média de visitantes;
- Pouca integração na oferta regional.
CONSEQUÊNCIAS
- Perda de receitas turísticas;
- Menor criação de emprego no setor;
- Subaproveitamento do património e cultura local.
PROPOSTAS
- Implementar um programa de capacitação da oferta turística envolvendo os agentes públicos e privados nas áreas do turismo de negócios, turismo termal, turismo cultural e criativo e turismo industrial;
- Contratualizar a gestão de recursos turísticos com agentes privados;
- Concessionar espaços patrimoniais locais suscetíveis de exploração turística;
- Apresentação de um plano “Feira 365”, que consiste na apresentação de uma proposta anual multifacetada de turismo que alie as Experiências Medievais e Criativas, com Bem-estar e Termalismo, Gastronomia, Cultura local, Natureza e Turismo Ativo.
5. HABITAÇÃO EM SANTA MARIA DA FEIRA DESAFIOS E CAMINHO PARA O FUTURO
5.1 PLANEAMENTO URBANO E PLANO DIRETOR MUNICIPAL (PDM)
PROBLEMAS
- PDM desatualizado, com zonas rigidamente condicionadas e pouca flexibilidade para responder à procura habitacional.
CONSEQUÊNCIAS
- Escassez de oferta;
- Preços elevados;
- Dificuldade em fixar jovens, famílias e quadros qualificados.
PROPOSTAS
- Rever o PDM com enfoque na flexibilidade:
- Reduzir zonas rigidamente condicionadas;
- Permitir construção em altura onde faça sentido, seguindo uma
perspetiva de “nova urbanidade” previamente definida; - Adaptação local: Rever o PDM da Feira para permitir crescimento em
zonas com procura jovem e empresarial; - Definir zonas estratégicas de habitação, com enfoque no ambiente,
mobilidade inteligente e tratamento do espaço público como espaço de potencial uso e fruição social.
5.2 MERCADO HABITACIONAL E REABILITAÇÃO
PROBLEMAS
- Oferta habitacional insuficiente e concentrada;
- Imóveis devolutos e degradados;
- Mercado pouco dinâmico.
CONSEQUÊNCIAS
- Aumento dos preços;
- Desertificação de algumas zonas;
- Perda de vitalidade económica e social.
PROPOSTAS
- Dinamizar o mercado habitacional:
- Reduzir o IMI em imóveis reabilitados e arrendados;
- Criar incentivos a soluções cooperativas e coliving, com participação
do setor privado; - Facilitar o licenciamento para reabilitação de imóveis devolutos por
empresas ou cidadãos; - Promover a eficiência energética nos edifícios, com incentivos à
transição verde; - Incentivar a edificação de habitação com estrutura modular.
5.3 HABITAÇÃO ACESSÍVEL BASEADA NO MERCADO
PROBLEMAS
- Falta de soluções habitacionais a custos controlados;
- Parque habitacional social pouco aproveitado.
CONSEQUÊNCIAS
- Exclusão habitacional;
- Menor mobilidade social;
- Dependência prolongada de habitação social.
PROPOSTAS
- Vender fogos sociais com prioridade ao atual inquilino, reforçando a autonomia familiar;
- Promover a construção de habitação a custos controlados através de parcerias público-privadas;
- Criar estímulos ao arrendamento para inquilinos e proprietários; Incentivar pequenas reabilitações (lofts, estúdios, coliving);
- Criar um “Banco Municipal de Imóveis Devolutos”, reunindo prédios abandonados, em ruína ou sem uso, e incentivar os proprietários a reabilitá-los com:
- Redução de IMI por 5 anos;
- Apoios técnicos gratuitos;
- Parcerias para subarrendamento a preços acessíveis.
5.4 LICENCIAMENTO URBANÍSTICO
PROBLEMAS
- Processos de licenciamento lentos e burocráticos;
- Imóveis devolutos sem aproveitamento.
CONSEQUÊNCIAS
- Atraso na criação de nova oferta;
- Aumento da pressão nos preços;
- Menor atratividade para investimento.
PROPOSTAS
- Simplificar radicalmente o licenciamento urbanístico:
- Compromisso municipal de licenciamento de nova habitação
em 60 dias; - Levantamento e promoção de imóveis devolutos e prédios urbanos
abandonados.
- Compromisso municipal de licenciamento de nova habitação
5.5 PARCERIAS E INSTRUMENTOS EXISTENTES
PROBLEMAS
- Subutilização de instrumentos nacionais como o IHRU;
- Ausência de projetos articulados com privados.
CONSEQUÊNCIAS
- Perda de oportunidades de financiamento;
- Atraso na criação de soluções habitacionais.
PROPOSTAS
- Utilizar o IHRU como parceiro e não como construtor:
- Celebrar Acordos de Cooperação com o IHRU apenas quando existam
projetos com parceiros privados; - Adaptação local: “Programa Feira a Custos Controlados” com 50% de
investimento privado e gestão autónoma.
- Celebrar Acordos de Cooperação com o IHRU apenas quando existam
6. UM CONCELHO SAUDÁVEL
E QUE VALORIZA O DESPORTO E O BEM-ESTAR
6.1 SAÚDE MENTAL
PROBLEMAS
- Resposta pública insuficiente para casos de ansiedade, depressão e isolamento social, com especial incidência em jovens e seniores.
CONSEQUÊNCIAS
- Agravamento de problemas de saúde mental, com perda de qualidade de vida;
- Aumento do absentismo escolar e laboral e maior isolamento social.
PROPOSTAS
- Implementar um programa municipal de saúde mental;
- Reforçar a resposta pública de apoio psicológico na rede escolar;
- Promover ações de rastreio, sensibilização e resposta em parceria com o Hospital de São Sebastião.
6.2 CUIDADOS DE SAÚDE GERAIS
PROBLEMAS
- Cobertura insuficiente de médicos e enfermeiros (3,4 médicos para 1.000 habitantes e 1 enfermeiro para 1.490 habitantes – abaixo da média regional e nacional).
CONSEQUÊNCIAS
- Dificuldade no acesso a cuidados primários com menor prevenção de doenças;
- Longos tempos de espera;
- Sobrecarga dos profissionais existentes.
PROPOSTAS
- Incentivar mecanismos de cheque-saúde;
- Melhorar articulação entre as Unidades de Saúde Locais e o Hospital S. Sebastião.
6.3 HÁBITOS SAUDÁVEIS
PROBLEMAS
- Falta de promoção consistente de estilos de vida saudáveis, sobretudo de alimentação e mobilidade.
CONSEQUÊNCIAS
- Aumento de doenças associadas à má alimentação e sedentarismo, o que implica menor qualidade de vida e maiores custos futuros na saúde pública.
PROPOSTAS
- Incentivar a práticas de alimentação saudável nas escolas;
- Concluir a rede de percursos pedestres e ciclovias, prevendo e incentivando a substituição preferencial dos veículos automóveis por alternativas de mobilidade suave, a médio prazo;
- Incentivar a atividade física da população sénior e das profissões sedentárias;
- Promover a prática desportiva ao ar livre.
6.4 DESPORTO ADAPTADO E INCLUSIVO
PROBLEMAS
- Acesso limitado à prática desportiva adaptada e insuficiente dinamização do desporto escolar e comunitário.
CONSEQUÊNCIAS
- Exclusão de pessoas com deficiência ou limitações;
- Menor participação juvenil e sénior em atividades físicas;
- Perda de oportunidades de desenvolvimento pessoal e social.
PROPOSTAS
- Criar um programa municipal de desporto adaptado, alargando o seu âmbito e participação;
- Rever os contratos-programa para desporto amador e juvenil;
- Estimular a dinamização e expansão das Mini Olimpíadas concelhias;
- Reativar a dinâmica do desporto escolar concelhio;
- Garantir que os atletas apurados para competições das seleções nacionais têm o apoio necessário quando tal não seja garantido pelas respetivas federações;
- Incentivar os movimentos informais de prática desportiva (caminhadas, corridas, atletismo, passeios de ciclismo, etc.), dando apoio logístico e de divulgação;
- Promover os valores desportivos junto da população juvenil, privilegiando o fair-play.
6.5 EQUIPAMENTOS DESPORTIVOS
PROBLEMAS
- Rede de equipamentos desportivos incompleta, alguns degradados e subutilizados;
- Ausência de articulação entre oferta pública, associativa e privada.
CONSEQUÊNCIAS
- Menor acesso da população à prática desportiva;
- Desperdício de recursos;
- Desigualdade de oportunidades entre freguesias.
PROPOSTAS
- Criar “Clube SMF” – plataforma de uso partilhado de equipamentos;
- Construir a Pista de Atletismo Municipal em Sanfins, de gestão partilhada com os clubes da modalidade;
- Apoiar a renovação e conclusão do Complexo Desportivo de Santa Maria de Lamas –Piscinas, Pavilhão, Hóquei em Campo e Campo Sintético;
- Promover o uso partilhado de equipamentos com os municípios vizinhos;
- Estimular a gestão de equipamentos municipais em modelos de contrato-programa.
7. POR UMA GESTÃO MUNICIPAL TRANSPARENTE, EFICIENTE E AMIGA DOS CONTRIBUINTES
7.1 TRANSPARÊNCIA E ACESSO À INFORMAÇÃO
PROBLEMAS
- Em agosto de 2024, o Município ainda não consta do Índice de Transparência Municipal;
- Informação (ITM). Informação pouco acessível e dispersa;
- Ausência de escrutínio efetivo.
CONSEQUÊNCIAS
- Desconfiança dos cidadãos;
- Menor participação cívica;
- Risco de má gestão de recursos públicos.
PROPOSTAS
- Disponibilizarem tempo útil informação simplificada sobre todas as medidas aprovadas nos órgãos autárquicos e o estado de implementação das mesmas;
- Garantir a intervenção do público no início das Assembleias Municipais;
- Rever todos os contratos de concessão, avaliando a possibilidade de revisão ou de denúncia caso os interesses dos munícipes não estejam devidamente salvaguardados;
- Publicitar toda a informação relativa a:
- Peças concursais – anúncio de abertura de concursos, programa e
caderno de encargos e propostas adjudicadas; - Protocolos e deliberações atinentes a subsídios atribuídos, utilização
de bens móveis e imóveis, a associações cívicas, desportivas, culturais,
recreativas e outras entidades; - Concessões promovidas pela Câmara Municipal.
- Peças concursais – anúncio de abertura de concursos, programa e
- Descentralização do local de realização das Assembleias Municipais, realizando-as de forma rotativa nas diferentes Freguesias do concelho;
- Garantir a independência das decisões municipais dos diferentes poderes locais (partidários, económicos, de culto, media, etc.);
- Publicar um anuário estatístico com os dados mais relevantes do concelho a nível socioeconómico;
- Tornar efetiva a implementação do R.G.P.C.no Município – Regime Geral Prevenção de Corrupção;
- Aumentar a comunicação transparente da autarquia e eliminar a propaganda com dinheiro público.
7.2 DIGITALIZAÇÃO E EFICIÊNCIA ADMINISTRATIVA
PROBLEMAS
- Processos administrativos lentos e burocráticos;
- Fraca utilização das tecnologias disponíveis.
CONSEQUÊNCIAS
- Perda de tempo e recursos;
- Dificuldade de acesso a serviços;
- Menor eficiência municipal.
PROPOSTAS
- Reformular e atualizar o website do município, corrigindo os erros e facilitando a navegação e a interação com os munícipes, garantindo ainda a acessibilidade universal;
- Promover a reengenharia dos processos municipais, tornando-os mais simples e ágeis;
- Promover os pagamentos eletrónicos em todos os serviços disponibilizados pela Câmara Municipal, empresas e organizações municipais;
- Promover as ferramentas e plataformas já existentes junto da população;
- Criar uma plataforma de dados abertos – partilha de dados públicos, num modelo de loja digital do munícipe.
7.3 DESCENTRALIZAÇÃO PARA AS JUNTAS DE FREGUESIA
PROBLEMAS
- Falta de meios financeiros e competências nas freguesias;
- Centralização excessiva de serviços na Câmara Municipal.
CONSEQUÊNCIAS
- Serviços de proximidade insuficientes;
- Menor capacidade de resposta a problemas locais.
PROPOSTAS
- Duplicar as transferências financeiras para as Juntas de Freguesia, promovendo a aproximação do poder aos eleitores e permitindo a qualificação da prestação de serviços de proximidade, em particular o de natureza urbana e de intervenção rápida em situações de premência social;
- Rever o modelo de transferência de competências e os respetivos contratos-programa.
7.4 PARTICIPAÇÃO E COMUNICAÇÃO COM O MUNÍCIPE
PROBLEMAS
- Canais limitados para contacto e participação dos cidadãos;
- Fraca recolha de propostas e feedbacks.
CONSEQUÊNCIAS
- População afastada da decisão política;
- Menor sentido de responsabilidade coletiva.
PROPOSTAS
- Criar um sistema digital para respostas rápidas a questões e solicitações dos munícipes;
- Criar um espaço digital de ponto de contacto com o munícipe para recolha de ideias, sugestões ou propostas, bem como ponto de situação do contacto efetuado. Trata-se de uma plataforma online, de disponibilização de informação de forma transparente, acessível a todos os munícipes;
- Alargar o programa Jovem Autarca multiplicando a participação e âmbito geográfico, fomentando uma cidadania ativa e a identificação de problemas do concelho pela população jovem;
- Implementar consultas populares e referendos sempre que a complexidade dos assuntos ou a escala dos projetos o justifique;
- Promover o contacto dos jovens com boas práticas nacionais e internacionais de gestão pública.
7.5 GESTÃO FINANCEIRA E CARGA FISCAL
PROBLEMAS
- Carga fiscal elevada;
- Despesas com pessoal elevadas.
CONSEQUÊNCIAS
- Maior pressão sobre famílias e empresas;
- Menor competitividade económica local.
PROPOSTAS
- Reduzir a carga fiscal:
- Isenção de IMI e facilitar o licenciamento de imóveis devolutos pertencentes a particulares que queiram recuperar património edificado;
- Redução do IMI na primeira habitação;
- Isenção da derrama para os sujeitos passivos com um volume de negócios no ano anterior que não ultrapasse os 150 mil euros;
- Baixar a derrama dos atuais 1,5% para 1%, sobre o lucro tributável sujeito e não isento do imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas;
- Isenção da taxa de derrama para todas as empresas que criem emprego no município e sobre as quais o imposto incide;
- Rever o proporcional do IRS cobrado pelo município.
- Orçamento base zero e eficiência na gestão dos recursos:
- Implementar o Orçamento de Base Zero anual na Câmara Municipal;
- Diminuir a participação da Câmara Municipal em entidades privadas;
- Repensar o funcionamento da empresa municipal.
- Princípio do consumidor-pagador:
- Assumir em todos os serviços municipais o princípio geral de
consumir-pagador, ajustando os encargos dos munícipes aos
serviços efetivamente prestados.
- Assumir em todos os serviços municipais o princípio geral de
- Incentivar o escrutínio popular da gestão financeira e orçamental da autarquia:
- Apresentar publicamente o resumo do plano e orçamento em
linguagem simplificada; - Criar a figura do Provedor do Contribuinte Municipal;
- Realizar e publicar anualmente uma auditoria às contas municipais.
- Apresentar publicamente o resumo do plano e orçamento em
- Eliminação de taxas e taxinhas:
- Redução de taxas e eliminação das taxas inferiores a 10 euros.